EMPREGADAS DOMÉSTICAS NA INGLATERRA


As novas regras trabalhistas que vão regulamentar a profissão de empregada doméstica no Brasil são, como afirma a revista Veja, um marco civilizatório para o país e um sinal que em breve as tarefas de casa serão divididas pela família - como geralmente acontece no Reino Unido (RU). Por aqui a maioria das pessoas não conta com uma empregada doméstica no seu dia--a-dia - como acontece com  famílias da classe média no Brasil, que empregam, geralmente,  uma moça que funciona como misto de cozinheira e faxineira e mora com a família. 


Segundo dados oficias de 2012 do governo britânico ( do Office for National Statistics), cerca de 65 mil pessoas trabalham como empregados domésticos - entre cozinheiros, jardineiros, babás, governantas, acompanhantes, motoristas, mordomos, arrumadeiras, entre outros. Esse número inclui profissionais freelancers (que podem estar trabalhando para vários empregadores) e não apenas aqueles que moram com a família.
Mas a estória já foi diferente. Segundo a historiadora Lucy Delap, do St Catharine's College, em Cambridge, em 1901 eram 1.5 milhão de pessoas empregados no serviço doméstico no Reino Unido - e a maioria morava com a família. Os aristocratas, então, contavam com um time de empregados a seu dispor, bem no estilo Downton Abbey (série de incrível sucesso, que trata justamente das relaçōes entre patrōes e empregados).  
Hoje, muitas das empregadas domésticas que moram com a família são migrantes, que deixaram seus países de origem para tentar uma vida melhor. Elas vieram, geralmente, de países na África e Äsia, como Índia, Sri Lanka, Nepal e Nigéria. Os problemas que enfrentam são complicados: a organização Justice for Domestic Workers, formada por migrantes que trabalham em residências no RU, faz denúncias de abusos verbais, discriminação, hora extra sem pagamento e até mesmo violência, entre outros problemas. 

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